A Universidade de Harvard respondeu à medida do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, que impede a instituição de matricular alunos internacionais.
Em um comunicado, Harvard afirma que continua totalmente comprometida em manter a capacidade de receber estudantes e pesquisadores internacionais de mais de 140 países.
A Universidade de Harvard também declarou que a decisão do Departamento de Segurança Interna (DHS) de barrar estudantes internacionais é “ilegal”.
“Estamos trabalhando rapidamente para fornecer orientação e apoio aos integrantes da nossa comunidade. Esta ação retaliatória ameaça causar sérios danos à comunidade de Harvard e ao nosso país, além de minar a missão acadêmica e de pesquisa de Harvard”, disse o porta-voz da universidade, Jason Newton.
Uma parcela do corpo discente de Harvard poderá ser afetada. A universidade afirma ter 9.970 pessoas em sua população acadêmica internacional, e dados mostram que 6.793 estudantes internacionais representam 27,2% de sua matrícula no ano letivo de 2024-25.
Alguns funcionários de Harvard temem que drenar a universidade de seus estudantes estrangeiros possa enfraquecer a capacidade acadêmica da instituição e, potencialmente, da comunidade acadêmica americana como um todo.
O professor de economia de Harvard e ex-funcionário do governo Obama, Jason Furman, chamou a medida de “horrível em todos os níveis”.
“É impossível imaginar Harvard sem nossos incríveis estudantes internacionais. Eles são um enorme benefício para todos aqui, para a inovação e para os Estados Unidos em geral”, disse Furman.
“O ensino superior é uma das grandes exportações dos Estados Unidos e uma fonte fundamental do nosso soft power. Espero que isso seja interrompido rapidamente antes que os danos se agravem”, acrescentou.
Fonte: CNN Brasil https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/barrar-estudantes-internacionais-e-ilegal-diz-harvard-em-resposta-ao-dhs/